Importância Evangelho

 

Dr. Bezerra de Menezes :

Auxiliemos a plantação do Cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade    aperfeiçoada no amanhã.

Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor
 a si mesmo.
Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época  atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino,
que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém,  mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.
 
Que a Providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.
 
 
André Luiz 

 

No livro "Os Mensageiros", do capítulo 34 ao 37, André Luiz nos traz uma verdadeira riqueza de detalhes sobre a importância necessidade e benefícios que o Evangelho no Lar proporciona.
 
Em estágio de aprendizado na crosta estavam André Luiz Vicente, tendo como Instrutor  o abnegado Aniceto, que eficientemente, conduzia a Caravana. Não era a primeira vez que, eficientemente, conduzia a Caravana. Não era a primeira vez que André atravessava
 a crosta da Terra para contatar diretamente como os encarnados, isto é, após seu  desencarne. Ele nos fala da nebulosidade atmosférica, das ondas densas de vibrações pesadas da crosta, das pessoas que passam apressadas, de mente chumbada aos
 problemas de ordem material nos mostrando um mundo bem diferente deste que normalmente vemos com os sentidos limitados da matéria.
  
"Assim, após horas de excursão fatigante em que Vicente eu estávamos positivamente  exaustos, Aniceto convida-nos amavelmente:
 
- Vamos ao reconforto! Vocês estão fatigados. Irei mostrar-lhes que "Nosso Lar" tem, igualmente, alguns refúgios na crosta.
 
"... Aquela residência de aspecto tão humilde, que alcançávamos agora, proporcionava-nos cariciosa impressão de conforto. Estava lindamente iluminada por clarões espirituais. Notando nossa admiração, Aniceto indicou a casa pobre, e falou:
 
- Teremos aqui o nosso refúgio. É uma Oficina que representa "Nosso Lar". É o lar de Isabel viúva de Isidoro.
 
Numerosos companheiros espirituais assomavam à janela saudando-nos alegremente.
 Que significava tudo aquilo? De ou vez visitara minha cidade e meu antigo lar, mas nunca vira tal coisa".
 
"Aniceto compreendendo-nos a perplexidade explica:
 
Os irmãos que nos saúdam são trabalhadores espirituais que se abrigam nesta tenda  de amor.
Um cavalheiro simpático e acolhedor abriu-nos a porta - diz André Luiz.
Este pormenor foi outra nota imprevista. Tal não sucedia quando visitei meu antigo lar.
As portas cerradas não me ofereciam obstáculos. O irmão que os recebia era o próprio Isidoro.
Ao abrir a porta, Isidoro saudou-os dizendo:

 - A casa pertence a todos os cooperadores fiéis do serviço cristão." 
 
Aí a razão em dizer que, quando as criaturas reúnem-se nas bênçãos do Culto  Evangélico no Lar, terão, como anjo guardião de sua família, um Espírito protetor, de um coração ao nível de esforço paternal. 
 
Este Espírito não só nos protege e sustenta na hora da reunião evangélica, como amorosamente fará parte integrante da família, e na maioria das vezes ele já é um Espírito familiar.
O caso de Isidoro (que veio abrir a porta para eles) é um desses.
Note-se que ele veio "abrir a porta". Isso significa que o lar, quando protegido, não dá passagens normalmente a nenhum Espírito.
Sabemos que as paredes materiais não são empecilhos, e os Espíritos as transpõem naturalmente.
 
Mas, quando no lar são levantadas "paredes" espirituais com substâncias sublimes, através do amor, dedicação e ligação com Jesus, isolando o lar da atmosfera miasmática da crosta, somente entram, nesse ambiente. Espíritos autorizados, mesmo assim,
aqueles que o guardam, terão de "abrir a porta". Neste caso, o embaixador espiritual da casa de Isabel é o próprio Isidoro, o esposo desencarnado.
 
André observa e compara as vibrações do lar de Isabel e Isidoro com o seu antigo lar da Terra, quando da sua visita a ele, depois de desencarnado.

Seu ex-lar estava a mercê de espíritos de toda a ordem, pois as paredes e portas  fechadas não eram obstáculos à entrada deles.
 
"Ali, no lar de Isabel - diz - vigorava um sistema vibratório de segurança onde os Espíritos  só podiam penetrar com a permissão de Isidoro." E ninguém melhor que Isidoro poderia  cuidar daquela família com tanto amor e dedicação, pois, tratava-se do bem-estar de
 corações ligados a ele pelo amor da esposa e filhos amados.
 
Estamos vendo que o lar, onde se cultiva o Evangelho, torna-se protegido.
Os Espíritos desavisados, que vagueiam, perambulando em outra faixa vibratória, que não é a do Bem, nele não têm acesso.
 
André nos conta, também, que todas as entidades que estavam ali, na mencionada "Oficina de Trabalho", participaram do "Culto no Lar" que Isabel cultivava todas as semanas, pois, como sabemos, a prece é o refrigério do espírito, e as almas debilitadas
 encontram nesta hora o alimento, a sustentação que renova as forças, para continuarem a jornada, tanto no plano espiritual como no terrestre.
 
Toda vez que se ora, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico, que vai dar sustentação a todos.
 
Cada prece emitida do coração constitui correntes magnéticas de relativo poder. Por isso, o Culto Familiar não é tão somente um curso de iluminação exterior, mas, também um processo avançado de defesa, pelas claridades espirituais que acendem em torno de nós. A criatura, que ora, traz consigo inalienável couraça de proteção.
 
André Luiz explica: "O Lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, e as entidades das sombras experimentam choques de vulto, ao contato com as vibrações luminosas deste Santuário Doméstico."
Por isso, dizemos que, quando o Evangelho é aberto em casa, a luz se faz e as trevas batem em retirada!